A equipa do cortiço entrou bastante bem no jogo e logo no primeiro minuto inaugurou o marcador através de Rogério num canto directo, num lance que foi sinalizado pelo árbitro assistente, com a bola a entrar mais de um metro para lá da linha de golo. Os homens da casa protestaram exuberantemente o golo e a partir deste momento tudo o que era para ser chamado de futebol passou a ser chamado de chutos, pontapés, cotoveladas e inúmeras agressões aos homens do Cortiço por parte dos homens da casa, sempre impunes devido ao constante ambiente ameaçador dos jogadores da casa, respectivo banco e algum publico em redor do árbitro que se notava que estava com os nervos em franja e muito amedrontado com o que se passava. Falando de futebol, os visitantes aos 5 minutos fazem o segundo golo através de Ricardo, num lance variadíssimas vezes ensaiado pelos homens do cortiço, e que finalmente se transformou em golo. O Cortiço sempre com o jogo controlado e a desfrutar de várias oportunidades, chegaria ao terceiro golo à passagem da meia hora com Hugo a isolar-se e a aproveitar uma má saída do guarda-redes contrário. O tento de honra dos homens da casa viria acontecer perto do intervalo através de um livre lateral com um jogador a aparecer ao segundo poste e a cabecear para a baliza do indefeso Banha (boa exibição com 2 excelentes defesas) que nada podia fazer, e assim se chegou ao intervalo. Na segunda metade, o Cortiço teve sempre muito melhor que o adversário tentando matar o jogo e teve mais uma vez várias ocasiões para o fazer, inclusive duas bolas no ferro, mas o quarto golo só surgiria a um minuto do fim através de um penalti, a castigar uma agressão (mais uma das muitas, mas desta vez finalmente punida com rigor e justiça) a Hugo, que foi vitima de uma cobarde pisadela quando a bola se encontrava já a uns bons dez metros do local da falta, na sequência o árbitro expulsou 2 jogadores, o agressor do jogador do Cortiço e outro por tentativa de agressão ao árbitro. O jogo esteve parado mais de cinco minutos com cenas lamentáveis por parte dos homens da Amieira para com o árbitro. Finalmente pôde-se marcar a grande penalidade e Stalone com a sua habitual frieza a fazer o quarto golo e a arrumar com a eliminatória, com o árbitro a já não dar os minutos de compensação e a acabar o jogo praticamente de seguida. Justa vitoria dos forasteiros que só peca pela escassez de golos, e também porque foi a única equipa que se preocupou em tentar jogar futebol. Aos homens da Amieira dou-lhes um conselho, em vez de acertarem no corpo dos adversários tentem ao menos acertar na bola, e não se esqueçam todos os jogadores desta divisão geralmente à segunda-feira têm os seus empregos para ai ganharem o seu ordenado. Para acabar só para dizer que o nosso maior objectivo depois dos primeiros cinco minutos foi cumprido, que era nenhum jogador nosso saísse do campo lesionado, o que só aconteceu por milagre, em muitos anos que vejo futebol nunca tinha visto uma coisa assim, em relação ao árbitro só posso dizer que até o compreendo e que tenha a sorte de não se deslocar à Amieira tão depressa.
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11 inicial:
Gr - André Banha
D - Stalone
D - Luís Marques
D - Rogério
M - Ricardo
M - Joaquim
M - João Gaitas
M - Vasco Grulha
Av - Jorge Pinto (c)
Av - Hugo Pinto
Av - Tofi
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Jogaram ainda: António, Zé Carlos e Nuno Nunes.
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Golos: Rogério, Ricardo, Hugo Pinto e Stalone (g.p.).