Num campo
de futebol que era um autêntico batatal e sem as mínimas condições para se
disputar qualquer tipo de atividade desportiva, e que punha em perigo qualquer
dos intervenientes em campo, assistiu-se a um jogo fraco, mas emotivo até
final. Primeira parte com domínio da equipa visitada, mas apenas com um lance
de real perigo para a baliza de Lobo. Já perto do intervalo, na mesma jogada,
apareceram várias situações para os jogadores da casa rematarem e com a bola a
embater por diversas vezes nas pernas dos defensores contrários. Na segunda
metade, o Cortiço começou a estender-se mais e na primeira vez que desceu com
perigo à área contrária fez o primeiro golo do encontro através de Flores que, de
cabeça, correspondeu a um bom cruzamento de António da direita. Logo de seguida,
os visitantes tiveram mais dois lances de muito perigo para a baliza do
Lusitano, numa delas com Nuno Oliveira a falhar o golo a um metro da baliza. Depois
dessa altura, deu-se a natural reação da equipa da casa que pressionou bastante
dispondo de muitos livres laterais, alguns deles inventados por uma arbitragem
que até ao golo do Cortiço tinha sido isenta, e a partir desse momento mudou
radicalmente; o Lusitano teve alguns lances de algum perigo sem, no entanto, o
guarda-redes do Cortiço ter feito uma defesa. A dez minutos do fim, dá-se a
expulsão de Flores e os jogadores forasteiros agarraram-se à sua habitual garra
e bateram-se até final pelo melhor resultado possível. O Lusitano viria a criar
a sua melhor situação de golo já no descontos, com um jogador a escapar bem
pela esquerda e isolado perante Lobo a rematar contra as pernas do guarda-redes
contrário. Depois, aos 98 minutos, e quando o árbitro já se preparava para
apitar para o final, dá-se o empate com um jogador a rematar à entrada da área,
a bola que ia fora embateu num jogador do Cortiço, sobrando para o espaço onde
se encontravam dois jogadores do Lusitano, tendo um deles rematado sem dar
qualquer hipótese ao guarda-redes do Cortiço. Empate agridoce, mas que se pode
considerar justo, num jogo muito difícil para ambos os conjuntos devido ao
batatal, com os jogadores a escorregarem repetidamente e com uma arbitragem
extremamente tendenciosa a partir do golo dos visitantes, ficando a sensação a
muita gente que aquele jogo não acabaria enquanto o Lusitano não chegasse à
igualdade, empurrando nitidamente a equipa forasteira para o seu último reduto,
e dando sete minutos de compensação, quando não se justificava mais do que
cinco minutos. Em relação à equipa da casa, tem muito boa equipa, mas o campo
não os beneficia em nada, tendo jogado muito melhor no pelado do Cortiço, do
que o fez neste jogo.
O Cortiço alinhou com:
Lobo
Ricardo Patuleia
Pedro Catarro
João Silvério
Nuno Oliveira
Luís (c)
João Arraiolos
António Patuleia
Pedro Moreira
Flores
Paulo Batista
jogaram ainda: Pedro Vieira, Nuno Nunes e Duda.
Golo: Flores.
Assistência: António Patuleia.
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