Guerreiros

Numa tarde de muito calor e com o Cortiço a apresentar apenas 12 jogadores devido a algumas contrariedades de última hora, isso não abalou a equipa forasteira que entrou extremamente desinibida e logo nos primeiros dois minutos teve duas excelentes iniciativas por Tofi só  que em ambos os casos os remates saíram frouxos. No entanto, a primeira grande ocasião seria para os homens da casa depois de um canto a bola fica perto da linha de golo e Rogério a querer aliviar leva a bola à barra, quase fazendo um autogolo. Passado o susto, a equipa do Arcoense mostrava-se pouco inspirada, apostando principalmente em criar perigo em cantos e livres perto da área, que a defensiva contrária ia conseguindo suster, e sempre que possível desdobrava-se bem só pecando em algumas ocasiões no último passe. Aos vinte minutos, grande oportunidade para o Cortiço, com Jorge no coração da área a tentar dominar mas a não consegui-lo da melhor maneira, indo a bola quase entrar valendo a boa estirada do guarda-redes para canto, que não foi assinalado. Dez minutos depois, António isolado remata ao lado. Logo de seguida, Edgar de livre quase fazia o golo valendo mais uma vez o guarda-redes contrário. Até final da primeira metade, pouco a registar apesar do Cortiço nessa altura estar a ter maior ascendência sobre o adversário. Na segunda parte, a equipa da casa veio com outra disposição e os forasteiros sentiram mais dificuldades tendo, logo no inicio do segundo tempo, uma boa oportunidade com um jogador descaído para a direita a rematar e a bola a passar perto do poste. O Cortiço apesar de não estar tão bem continuava ser muito perigoso explorando bem as costas da defensiva contrária. No entanto, o golo surgiria  através de um canto, com Jorge a elevar-se melhor e a fazer o primeiro. Até ao último quarto de hora, apesar da natural ascendência da equipa da casa, as oportunidades rareavam junto da baliza do Cortiço, tendo nesse período os forasteiros tido uma grande oportunidade, com Jorge isolado a rematar para as nuvens, num lance que podia ter matado o jogo. No último quarto de hora e com natural défice físico, a equipa da casa foi extremamente perigosa principalmente em lances de bola parada, onde pontificam dois jogadores  que são exímios nesse tipo de lance. Nesse período, o golo do empate chegou a estar iminente, desfrutando a equipa da casa de três ou quatro lances de muito perigo junto da baliza do Cortiço, que nesse período sofreu a bom sofrer, no entanto não se limitou só a defender e chegou também a estar perto do golo por três vezes, primeiro António com um bom remate de pé esquerdo com o guarda-redes a fazer uma grande defesa; depois Tofi e Jardel a atrapalharem-se mutuamente quando ambos se encontravam em excelente posição na cara do golo; e já perto do fim de novo por Tofi que, com António em boa posição, preferiu chutar, saindo um remate fraco à figura do guarda-redes.Vitória justa, apesar do natural forcing final da equipa da casa, especialmente nos últimos quinze minutos, mas em grande parte do  jogo, o Cortiço foi melhor e mais perigoso que a equipa da casa, dando tudo o que tinha  e o que não tinha para trazer os três pontos que lhe garantiram uma merecida permanência nesta divisão. Arbitragem sem influência no resultado, mas com muitos erros.

O Cortiço alinhou com:

18- Lobo

22- Ricardo

15- Nuno Nunes

33- Luís Marques (c)

13- Rogério

6- Ramalho

17- Edgar

30- António

5- Pedro Catarro

9- Tofi

76- Jorge Pinto

Jogou ainda:

23- Jardel

Golo: Jorge Pinto.

Assistência. Pedro Catarro.